sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O muro do amor

Não sei qual o motivo (acho que sei sim ;x), mas levantei da cama agora só porque não conseguia dormir mais, aí fiquei pensando sobre o amor e fui lembrando certas histórias aí e tal.

A minha idéia de amor, em poucos meses, mudou completamente. O que antes era aquela coisa sem sentido, sem explicação, bem resumida na frase do Fernando Pessoa "Amo como ama o amor. Não conheço outra razão para amar, senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?" hoje não é aceito mais por mim.


Cada um vive experiências próprias e cada uma delas provoca um resultado diferente em pessoas distintas. O que é bom pra mim pode ser ruim pra você, e vice-versa. O importante é que a exatamente um ano atrás eu era outra pessoa. Segundo meu 'eu' de agora, naquela época eu não sabia amar. Amava sem razão, sem motivo aparente, sem esperar nada em troca. Hoje eu entendo isso como paixão, como desejo, como qualquer coisa, menos amor. O que eu chamava de amor era não mais do que paixão, vontade ou, até mesmo, carência.


Esse lance de "Amor se conjuga no passado. Ou se ama para sempre ou nunca se amou verdadeiramente.", pra mim não quer dizer mais nada. Sou feliz em não mais sofrer por amor, e apenas sorrir por ele. Um novo jeito de encarar tudo fez de mim um cara bem mais feliz do que era achando que a felicidade era gostar de alguém, sem importar se ela gosta tanto de você ou até se ela gosta um pouquinho.

O meu amor de hoje eu não consigo construir mais sozinho, preciso de alguém pra me ajudar. Hoje entendo que sozinho ninguém ama! Sozinho alguém pode gostar, ser muito afim, estar apaixonado.. mas não ama. O amor é construído a dois, mas basta um só pra colocar tudo a perder.

Analogamente, imagine uma casa que precisa ser construída e só temos dois pedreiros. Um é responsável pela massa e outro pelo tijolos. Nenhum pode fazer o trabalho do outro. Se os dois trabalham certo, em harmonia, o muro fica grande e forte, mas se um deles não está em sintonia com o outro o trabalho desanda. Um pode querer compensar o outro e só empilhar os tijolos, mas aí basta um empurrão e o muro cai. O outro pode achar que só a massa que ele está virando é o suficiente pra levantar o muro, sem os tijolos. Ele pode até subir o muro um pouco, mas chegará uma hora em que a massa acabará e a construção não subiu quase nada.

Entenderam como é o meu ponto de vista agora? Só queria dividir isso com vocês e saber como todos vocês encaram esse tão presente amor.

Um comentário:

sem descrição disse...

Falou tudo cara, ou curto de mais esse blog, pf continue com esse seu trabalho !