sábado, 4 de outubro de 2008

30 Dias

Esse texto é originário do meu blog, mas agora só vou postar nesse aqui, então decidi postar aqui também devido a muitos pedidos. Espero que gostem!

30 Dias

Muitos acreditam que um mês não é nada, mas um mês é o suficiente para se conhecer uma pessoa, ser feliz, se apaixonar, se iludir, se machucar, ficar triste, conhecer mais a fundo a mesma pessoa, se iludir mais uma vez e se machucar, de novo. O mais importante é que nesses 30 dias deu pra aprender muito sobre relacionamentos modernos.

Atualmente as coisas estão de ponta-cabeça. Romantismo hoje é defeito, gostar de verdade de alguém parece ser pecado. Correr atrás do que se deseja é babaquice. Dar valor à pessoa que você gosta é o mesmo que pedir para ser rejeitado e, se você respeitar, aí mesmo é que não tem chance. Abrir o coração?!? Tá louco?!?

As mulheres (quase todas) preferem os canalhas. Então meu amigo, você que é daqueles que respeitam, que fazem carinho, daqueles que lutam pela mulher que querem, que correm atrás, e se você fica feliz só com a presença ‘dela’ e sente falta quando, por um dia, não ouve aquela voz doce; aí, meu amigo, você está perdido. Mais um defeito: mostrar interesse. Putz . . se fizer isso já era, pode dar adeus às expectativas e correr atrás de outra, porque, simplesmente, mulher não gosta de um cara que tenha todos esse defeitos e, ainda por cima, mostre interesse por ela. Elas gostam mesmo dos cheios de ‘qualidades’, aqueles que viram o rosto quando elas falam, aqueles que não olham nos olhos, que maltratam, que pisam em cima.

Ser romântico é feio e, se apaixonar é coisa do passado. Eu tenho total noção de que a culpa foi toda minha. Afinal, quem que correu atrás; apaixonou-se; foi companheiro; deixou de jantar com os amigos e ainda demorou o triplo do tempo pra chegar em casa só para ficar na companhia dela por mais tempo, só para não deixar ela ir para o curso sozinha; FUI EU! Desculpa, não sou perfeito. Quem fechou os olhos e tampou os ouvidos para o que os amigos diziam sobre ela, que não ligava para quando cantavam aquelas músicas que pareciam ter sido feitas sobre medida para nós dois . . fui eu.

Mas a culpa foi minha mesmo. Ninguém mandou eu ser babaca e imaginar coisas que não existiam. Ninguém mandou eu entender tudo errado, e ninguém mandou eu não ser capaz de entender um NÃO mascarado de TALVEZ. No final foi uma relação interior, eu me apaixonei, eu me iludi, eu me machuquei e só eu posso juntar os pedaços em que meu coração se despedaçou. Por isso que eu disse no início que foi um aprendizado.

Aprendi a ser mais desapegado e dar menos ‘ibope’, ser menos apaixonado e mais relaxado, deixar as coisas acontecerem e não mostrar interesse. Se você ama, elas pisam, mas se você pisa, elas te amam. Complicado, né? Aí você fica entre a cruz e a espada, não quer se tornar mais um nesse mundo de ponta-cabeça, quer continuar sendo esse cara diferente, esse apaixonado pela vida e pelas pessoas, mas não quer mais se machucar e também não vai desistir de ser feliz.

Nós, homens não-modernos, temos então duas saídas: nos acostumamos com o mundo do jeito que está, vamos contra todos os nossos ideais e nos tornamos mais um “homem-moderno” (que mais parece o homem das cavernas); ou seguimos nadando contra a corrente da modernidade, reavivamos nossa coragem e vamos a luta mais uma vez de cabeça erguida atrás de nossos sonhos, mesmo sabendo que podemos nos machucar mais e mais. Eu, particularmente, não me tornarei um ‘homem-moderno’, continuarei assim; não para ser diferente, e sim por, simplesmente, ser esse o meu jeito e eu gostar, apesar das ‘porradas’ que levo da vida, desse jeito de ser.

O segredo para ser feliz assim? . . Não ter pressa, não desesperar, não desistir, não fechar os olhos pro mundo por causa de uma desilusão, aprender que outras virão e ter coragem para enfrentar tudo de frente, sem medo.

Para acabar só desejo que você, mulher-moderna, faça a melhor escolha, pense muito bem antes de qualquer atitude tomada, porque pode ser que você tome decisões precipitadas e que vão fazer se arrepender depois. Conta um texto a seguinte história: “Bateu alguém á porta, vacilei e não quis abrir. Pensei que fosse a saudade que me viesse perseguir. Bateu de novo com mais força, mas depois desistiu. Desceu as escadas em silêncio e para sempre partiu. Partiu deixando na porta estas palavras fatais: sou a FELICIDADE e não voltarei nunca mais.”

Pois é . . .


- Vicmendon -

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